quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Trabalho e comércio em Ecoporanga

Trabalho e comércio em Ecoporanga
Os proprietários dos estabelecimentos são pequenos empresários locais, acompanha a crise pela qual passa toda a economia do país. O que caracteriza o setor em Ecoporanga é que ele sobrevive através de movimentos cíclicos, com picos de venda nos períodos de safra do café, e nos finais de mês com o pagamento do leite produzido e vendido às usinas. Fora isso, mantém-se principalmente com as compras dos funcionários públicos.
Existe uma pequena evasão de divisas do setor para cidades maiores, decorrente das compras externas feitas por consumidores com melhores condições econômicas e mais exigentes em termos de qualidade e diversificação.
Além disso, nota-se que os preços de alimentos são em média 10% mais altos em Ecoporanga, em comparação com os de municípios maiores.
É evidente a necessidade de modernização e alargamento de opções nos ramos de hotelaria e de restaurante, por exemplo, o município é carente, pois possui: hotel-restaurante – o Hotel do Dico, Pousada Nhambu, Hotel das Palmeiras e Pousada Tranqüila com atendimento de nível médio.
O setor terciário encontra-se ainda pouco explorado, com tendência a se expandir, considerando-se o provável crescimento do setor secundário, que exigirá que o comércio se diversifique, que os serviços ganhem maior quantidade e melhor qualidade para atender uma demanda mais exigente.
Devido ao histórico sócio-cultural do município, temos um vasto campo nessa área artesanal, onde é explícita a formação cultural de acordo com seus antepassados, gerando assim um conhecimento de comunidade para comunidade, mantendo-se costumes e valores de cada região.
*Marcas, crochês, brolhas, bordados, bijuterias, etc – é uma outra atividade riquíssima, onde se mantém características particulares de costumes e valores, utilizando-se de formas manuais. Este trabalho é marcado pelo conhecimento cultural e mantido pelas comunidades, gerando assim saberes socializadores.
*Fabricação de peneiras, balaios e esteiras – são fabricados em residências estes materiais acima citados, onde se deu início com um senhor descendente de escravos e até hoje é mantida esta tradição entre esta família, bem como entre outras famílias do município.
*Fabricação de berimbau, atabaque e pandeiros – esses materiais são fabricados pelo Grupo de Capoeira “Senzala”, que com seus trabalhos e eventos, contribui para o crescimento de seu distrito, introduzindo um desenvolvimento social com crianças, adolescentes e jovens desta comunidade. Esta prática artesanal surgiu no grupo com seus antepassados que eram descendentes de escravos, por isso o grupo faz questão de manter tradições e valores.
De modo geral, as famílias que de forma direta ou indireta contribuem para estes trabalhos, começam por costumes de seus antepassados, passando de “pai para filho”. Buscando também meios para o sustento familiar e o bem estar de todos, aproveitando-se de suas habilidades para poderem se manter.
Entretanto, temos consciência de que essa multiplicidade cultural só tem a contribuir para o município, mantendo-se viva a chama cultural de todos.

Conforme dados do último Censo Demográfico, Ecoporanga, em agosto de 2010, possuía 11.000 pessoas com 10 anos ou mais de idade economicamente ativas, sendo que 10.209 estavam ocupadas e 792 desocupadas. A taxa de participação ficou em 55,8% e a taxa de desocupação municipal foi de 7,2%.A distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que 23,1% tinham carteira assinada, 36,7% não tinham carteira assinada, 18,2% atuam por conta própria e 1,4% de empregadores. Servidores públicos representavam 7,4% do total ocupado e trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo representavam 13,2% dos ocupados.
Das pessoas ocupadas, 14,5% não tinham rendimentos e 64,8% ganhavam até um salário mínimo por mês.
O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$ 686,95. Entre os homens, o rendimento era de R$ 800,58 e entre as mulheres de R$ 559,44, apontando uma diferença de 43,10% maior para os homens.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal do município apresentou, por cinco anos, saldo positivo na geração de novas ocupações entre 2005 e 2012. O número de vagas perdidas neste período foi de 49. No último ano, as admissões registraram 697 contratações, contra 737 demissões.
O mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 2.705 postos, 8,3% a mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou abaixo da média verificada para o Estado, que cresceu 45,0% no mesmo período. 

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