Trabalho e comércio em Ecoporanga
Os proprietários
dos estabelecimentos são pequenos empresários locais, acompanha a crise pela
qual passa toda a economia do país. O que caracteriza o setor em Ecoporanga é
que ele sobrevive através de movimentos cíclicos, com picos de venda nos
períodos de safra do café, e nos finais de mês com o pagamento do leite
produzido e vendido às usinas. Fora isso, mantém-se principalmente com as
compras dos funcionários públicos.
Existe uma pequena
evasão de divisas do setor para cidades maiores, decorrente das compras
externas feitas por consumidores com melhores condições econômicas e mais
exigentes em termos de qualidade e diversificação.
Além disso, nota-se
que os preços de alimentos são em média 10% mais altos em Ecoporanga, em
comparação com os de municípios maiores.
É evidente a
necessidade de modernização e alargamento de opções nos ramos de hotelaria e de
restaurante, por exemplo, o município é carente, pois possui: hotel-restaurante
– o Hotel do Dico, Pousada Nhambu, Hotel das Palmeiras e Pousada Tranqüila com
atendimento de nível médio.
O setor terciário
encontra-se ainda pouco explorado, com tendência a se expandir, considerando-se
o provável crescimento do setor secundário, que exigirá que o comércio se
diversifique, que os serviços ganhem maior quantidade e melhor qualidade para
atender uma demanda mais exigente.
Devido ao histórico
sócio-cultural do município, temos um vasto campo nessa área artesanal, onde é
explícita a formação cultural de acordo com seus antepassados, gerando assim um
conhecimento de comunidade para comunidade, mantendo-se costumes e valores de
cada região.
*Marcas, crochês,
brolhas, bordados, bijuterias, etc – é uma outra atividade riquíssima, onde se
mantém características particulares de costumes e valores, utilizando-se de
formas manuais. Este trabalho é marcado pelo conhecimento cultural e mantido
pelas comunidades, gerando assim saberes socializadores.
*Fabricação de
peneiras, balaios e esteiras – são fabricados em residências estes materiais
acima citados, onde se deu início com um senhor descendente de escravos e até
hoje é mantida esta tradição entre esta família, bem como entre outras famílias
do município.
*Fabricação de
berimbau, atabaque e pandeiros – esses materiais são fabricados pelo Grupo de
Capoeira “Senzala”, que com seus trabalhos e eventos, contribui para o
crescimento de seu distrito, introduzindo um desenvolvimento social com
crianças, adolescentes e jovens desta comunidade. Esta prática artesanal surgiu
no grupo com seus antepassados que eram descendentes de escravos, por isso o
grupo faz questão de manter tradições e valores.
De modo geral, as
famílias que de forma direta ou indireta contribuem para estes trabalhos,
começam por costumes de seus antepassados, passando de “pai para filho”.
Buscando também meios para o sustento familiar e o bem estar de todos,
aproveitando-se de suas habilidades para poderem se manter.
Entretanto, temos
consciência de que essa multiplicidade cultural só tem a contribuir para o
município, mantendo-se viva a chama cultural de todos.
Conforme dados do
último Censo Demográfico, Ecoporanga, em agosto de 2010, possuía 11.000 pessoas
com 10 anos ou mais de idade economicamente ativas, sendo que 10.209 estavam
ocupadas e 792 desocupadas. A taxa de participação ficou em 55,8% e a taxa de
desocupação municipal foi de 7,2%.A distribuição das
pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que 23,1% tinham carteira
assinada, 36,7% não tinham carteira assinada, 18,2% atuam por conta própria e
1,4% de empregadores. Servidores públicos representavam 7,4% do total ocupado e
trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo
representavam 13,2% dos ocupados.
Das pessoas
ocupadas, 14,5% não tinham rendimentos e 64,8% ganhavam até um salário mínimo
por mês.
O valor do
rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$ 686,95. Entre os homens,
o rendimento era de R$ 800,58 e entre as mulheres de R$ 559,44, apontando uma
diferença de 43,10% maior para os homens.
Segundo dados do
Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal do município
apresentou, por cinco anos, saldo positivo na geração de novas ocupações entre
2005 e 2012. O número de vagas perdidas neste período foi de 49. No último ano,
as admissões registraram 697 contratações, contra 737 demissões.
O mercado de
trabalho formal em 2010 totalizava 2.705 postos, 8,3% a mais em relação a 2004.
O desempenho do município ficou abaixo da média verificada para o Estado, que
cresceu 45,0% no mesmo período.
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