A Vegetação de Ecoporanga
Esta região que já possuiu em sua extensão uma
volumosa cobertura vegetal natural,
representada por prolongamento da floresta atlântica de planície e encosta, as madeiras de mais valor comercial, como o
jacarandá, já é praticamente extinto. O jequitibá, muito espalhado em toda a
região, não era tão apreciado e só começou a ser procurado quando as outras
madeiras começaram a escassear.
Extraída madeira de
excepcional qualidade, o aspecto da mata foi reduzido e entregue ao machado e
ao fogo, para dar lugar às lavouras de café e aos pastos na nossa região.
Esta vegetação
primitiva foi profundamente alterada, com o desbravamento e colonização do
território de Ecoporanga, que teve início com o extrativismo de madeira seguido
pelo avanço de duas frentes agropastoris pioneiras. O primeiro ciclo econômico
a atuar na região foi o extrativismo de madeira, com a posterior introdução da
cafeicultura na década de quarenta do século XX chamada de “Febre do Café”.
Com a decadência da cafeicultura
houve a erradicação dos cafezais de baixa produtividade, cedendo lugar às
pastagens que passaram a constituir a paisagem quase exclusiva do município. Encontra-se na atualidade, com uma dominância quase
absoluta de gramíneas, o que é lamentável, pois o uso abusivo desta prática
gera no município, uma pobreza crescente no solo, surgindo assim, um processo
evolutivo do nível de erosão e desertificação.
A existência de um grande Jequitibá - rosa no
município de Ecoporanga sempre despertou a curiosidade da comunidade local. O
exemplar da espécie está localizado a aproximadamente 12 km da sede do município.
O Jequitibá - rosa pertence à família das
Leticidáceas, da qual também fazem parte a sapucaia e a castanheira-do-pará.
Também conhecido por Jequitibá - rei, o exemplar local possui 7,85 metros de
circunferência(tronco) e 33,0
metros de altura(mediação realizada até o início da bifurcação
do tronco, equivalente a um prédio de 11 andares), excluindo-se a copa da
árvore, que deve medir, aproximadamente, 10 metros .
A árvore está localizada em uma área de Mata
Atlântica, necessitando, no entanto, de maiores cuidados, visto que há necessidade
de se aterrar o pé do Jequitibá, e desviar, desta forma, o fluxo das águas
pluviais. Estima-se que a sua idade seja de cerca de 1500-2000 anos.
É preciso a tomada de providências, por parte das
autoridades competentes, de forma a garantir a existência de um exemplar tão
raro quanto este que está presente no nosso município.
No município de Ecoporanga, hoje a vegetação é em
grande parte pastagens e restam poucas áreas com matas encontradas em
propriedades particulares.
Texto retirado do livro
Ecoporanga "Minha Terra" de autoria de Ana Fritz, professora do
Sistema Municipal de Ensino de Ecoporanga.
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